Há
pouco mais de um mês que meu avô paterno faleceu. Mais ou menos uma semana
depois desse acontecimento minha mãe e minha irmã foram diagnosticadas com
dengue, precisando até mesmo ficar internadas por alguns dias. Dois
acontecimentos ruins, um atrás do outro.
Minha
primeira reação foi me perguntar “o que eu fiz de errado meu Deus?”. Porque
veja bem, eu acredito em um Deus justo, que nos retribui segundo as nossas
obras. Então tanta tragédia junta só podia significar que eu tinha feito alguma
coisa de errado. Do contrário eu não merecia estar passando pela dor de perder
o meu avô e pelo medo de acontecer algo de muito ruim a minha mãe e/ou a minha
irmã.
Mas
então eu lembrei de Jó, que mesmo não tendo feito nada de errado passou por
diversas dificuldades para ser testado a duvidar de Deus. Mas no fim das contas
ele venceu, e passou a conhecer Deus ainda mais de perto.
Muitas
vezes eu não entendo o porquê das coisas quando elas estão acontecendo. E
questiono muito a mim e a Deus nesses momentos, confesso. Mas no final a gente
sempre aprende alguma coisa. Não é isso que dizem, “que tudo na vida é
experiência”?
Eu
gosto de planejar tudo. De preferência a semana, se possível o mês e até certos
momentos do ano. E com toda essa situação eu aprendi a viver um dia de cada
vez, porque com a correria da rotina no hospital e a incerteza de por quanto
tempo mais aquilo duraria era praticamente impossível planejar mais do que 24
horas.
Minha
mãe e meu pai aprenderam que eu sou capaz de enfrentar situações complicadas,
que consigo dar conta de toda a rotina doméstica - por mais cansativa que
seja-, mesmo que eu pareça frágil e despreparada. Minha mãe definitivamente
aprendeu a depender um pouco dos outros pra ajudá-la, e que eu posso sim fazer
uma boa limpeza na casa mesmo que eu não tenha a prática que ela já tem depois
de anos nessa rotina.
Talvez
todo o objetivo dessa situação fosse isso: aprendizado. Aprender a confiar mais
em Deus quando os médicos dizem que a única coisa a ser feita é esperar pela
melhora; aprender que mesmo que a gente não goste somos dependentes uns dos
outros; aprender quem são as pessoas que realmente se importam e com quem
podemos contar.
Apenas
aprender.
Me identifiquei muito com o seu texto.
ResponderExcluirAno passado meu pai foi diagnosticado com câncer. E eu que sempre fui muito organizada... Planejava o dia, a semana, o mês... Vi tudo indo por água a baixo. Pensei que estava despreparada. Foi um susto muito grande. Mas aí vem a FÉ. Aliás, ela sempre esteve aqui. E nesses momentos aparece mais forte que nunca.
Hoje meu pai está muito bem graças a Deus.
Os aprendizados permanecem.
Nada é por acaso.
Um beijo no seu coração.
http://sentimentalismodesmedido.blogspot.com.br/
Trabalho com pessoas que sofrem com essa doença, e uma coisa que percebo é que a fé faz muita diferença nessas horas! Fico feliz que seu pai esteja bem :)
ExcluirUm beijo pra você.